domingo, dezembro 24, 2006

Acho que o Pai Natal é o Karl Marx.


Faz agora um ano. Sentava-me aqui, neste computador, nesta sala, com este frio. Amargurava-me com a época festiva, preocupava-me com política. Sou daqueles que se preocupa com política. Sou daqueles que perde tempo a pensar. Gosto de pensar. As eleições presidenciais aproximavam-se. Preocupava-me que o Cavaco pudesse ganhar. Não sou daqueles que deixa de dormir por causa disso, mas preocupava-me. Empenhava-me, na medida do possível, para termos um presidente com espinha dorsal (quantas vezes usei esta expressão a tentar converter inconvertíveis!). Na altura, o candidato poeta fez-me sonhar, fez-me ter esperança, ter sonhos, fez-me ouvir. Acreditei. Pela primeira vez acreditava no que ouvia, gostava das pessoas que abanavam as bandeiras comigo, gritava com elas como se há 30 anos estivéssemos juntos. Não queria um Presidente em formato Excel. Não queria um Presidente da polícia contra polícia, polícia contra estudantes, polícia contra gente. Por todos os motivos não queria. Não quero, mas tenho-o. Já passou. Daqui a uns anos voltarei a preocupar-me.
O Natal, esse ficou. O Natal que todos os anos me fere. Do Natal gosto das músicas. São as únicas que ficaram com o sentimento. O resto esvaneceu-se no consumismo, na pressa de comprar, agradar, comer, beber, cantar, agradar, comprar, vestir, embrulhar. Rezar? Não, não interessa. Mas as músicas são americanas! O Pai Natal não é americano!? O pai Natal tem colesterol, gosta de criancinhas e explora anões em fábricas do Norte. Diz-se que importa brinquedos da China. O pai natal é politicamente incorrecto. Aposto que o Pai Natal não se portou bem este ano. Nem eu.
O Sinatra está a cantar-me aos ouvidos “Whatever Happened To Christmas?”. Pergunto-me isso todos os anos. No Natal falta-me as crianças, o dinheiro, sobretudo a paixão. Desapaixonei-me pelo Natal há algum tempo. Nem sei bem porquê. Divorciamo-nos. Não foi bonito. Acontece. Para o ano farei outro texto sobre o assunto. Agora que penso nisso, será que o Manuel Alegre é o Pai Natal? Não, o Pai Natal não existe…

Whatever Happened To Christmas

Whatever happened to Christmas? It's gone and left no traces,
Whatever happened to the faces or the glow,
Whatever happened to Christmas, to Christmas way of living?
Whatever happened to the giving, the magic in the snow?
Remember the sight and the smell and the sound,
And remember hearing the call,
Remember how love was all around, whatever happened to it all?
Whatever happened to Christmas, bells in the streets were ringing,
Whatever happened to the singing, the songs we used to know.
Whatever happened to this Christmas, and when did it disappear from view,
Where was I, and whatever happened to you?
Whatever happened to Christmas and you?

Frank Sinatra

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Acho que deixei de acreditar nos meus sonhos. "À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo"

O SONHO

Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos?
Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria,
ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama, Pelo Sonho é que Vamos

segunda-feira, dezembro 11, 2006

"Are they coming?"

Descobri o vídeo no Arrastão.
As imagens enojam, revoltam, voltam a enojar.
Assim vai o mundo.
Não há muito mais a dizer.




sábado, dezembro 09, 2006

Fortunate Son

'Nam, Iraque, Afeganistão, Bush, same old shit, grande música. Hoje acordei com esta na cabeça.

"Fortunate Son"
Creedence Clearwater Revival

Some folks are born made to wave the flag,
ooh, they're red, white and blue.
And when the band plays "Hail To The Chief",
oh, they point the cannon at you, Lord,

It ain't me, it ain't me,
I ain't no senator's son,
It ain't me,
it ain't me,
I ain't no fortunate one, no,

Some folks are born silver spoon in hand,
Lord, don't they help themselves? oh.
But when the taxman come to the door,
Lord, the house look a like a rummage sale, yes,
It ain't me, it ain't me,
I ain't no millionaire's son, no, no.
It ain't me, it ain't me,
I ain't no fortunate one, no.

Yeh, some folks inherit star spangled eyes,
ooh, they send you down to war, Lord,
And when you ask them, how much should we give,
oh, they only answer, more, more, more, yoh,

It ain't me, it ain't me, I ain't no military son, SON, NO
It ain't me, it ain't me, I ain't no fortunate one, NO NO It ain't me, it ain't me,
I ain't no fortunate one, no no no, It ain't me, it ain't me, I ain't no fortunate son, son son son

sábado, dezembro 02, 2006

Queixa das almas jovens censuradas

Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola

Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade

Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência

Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro

Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras dos avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós

Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo

Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro

Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco

Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura

Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante

Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino

Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte.

Natália Correia

Papamóvel demais

O papa foi à Turquia. Rezou virado para Meca. Mostrou a dentuça postiça nuns sorrisos quando alguém gritava “olhó passarinho”. Amenizou o clima de ódio que conseguiu criar no “mundo Muçulmano” depois das palavras proferidas há 3 meses atrás. Deu uns bacalhaus às individualidades importantes do Governo, Igreja Ortodoxa, Muçulmanos. Até aqui muito bem. Mas o Vaticano fez questão de se pronunciar sobre política externa. Manifestou-se a favor da adesão da Turquia à União Europeia. A questão que me parece óbvia, é simples: Mas por que raio anda o Vaticano a pronunciara-se sobre assuntos de politica externa da União Europeia?

Tem direito de o fazer? Claro, tal como qualquer cidadão ou instituição pública ou privada que coabite em democracia, é livre de se expressar como bem entender. Mas, se calhar (só se calhar) o que o Vaticano deveria fazer, era estar caladinho! Depois de meter o bedelho na Constituição Europeia - com a história da Matriz cristã e o raio que o parta – agora vem com isto. Se o Vaticano se pronuncia sobre estas matérias, não deverá a Comissão Europeia pronunciar-se sobre teologia, catequese, missas em latim, padres pedófilos, cardeais fumadores, papas que vestem Prada e só dizem absurdos, etc, etc.?

Será que aqueles padrecos balofos, após séculos de distorção da fé Cristã, ainda não perceberam o significado de laicismo do Estado? Eu, como cristão pouco católico, sinto-me ofendido quando, sistematicamente, a Igreja Católica continua a achar-se embaixadora do Ocidente, ou pior, da EU. Para isso temos o Xavier (não o São Francisco, mas sim o Solana)!

Isto até assume uma certa ironia quando o Papa deposita uma coroa de flores no túmulo de Kemal Atatürk, o tal que fundou a Turquia moderna, laicizando-a, proibindo o uso de símbolos religiosos, e substituiu a Lei Sharia por um código civil similar ao Ocidente (julgo que inspirado no da Suiça).

Segundo a Rádio Vaticano, o Bento terá afirmado no seu discurso que: "A missão da Igreja não consiste em defender poderes, nem obter riquezas; a sua missão é a de doar Cristo, de participar da Vida de Cristo, o bem mais precioso do homem que o próprio Deus nos dá em Seu Filho."

Defender poderes, obter riquezas, o quê?

Tenho para comigo uma dúvida existencial: Embora o Vaticano seja uma cidade-estado, uma vez que integra território Italiano, presumo que pertence, por uma espécie de inerência, à EU. Assim sendo, poderemos referendar a sua expulsão da UE?

O mais curioso nisto tudo é que o Vaticano tem mais opinião sobre politica externa que o nosso aprumado Ministro dos Negócios Estrangeiros. Em vésperas de assumirmos a presidência da UE, não seria de esperar umas palavritas do nosso MNE sobre estes assuntos. Será que o homem é mudo?

quarta-feira, novembro 29, 2006

negão

Seu Jorge
"Carolina"

"São Gonça"

Mais uma vez, duas músicas que não me saem da cabeça. Ouço-as duas, três, dez vezes por dia, canto-as no duche, já saquei os acordes …

Como diz um amigo meu: Bom mas bom!

Não é pela novidade, mas sim pela qualidade. Curtam aí o negão.

Tuga

Como agora é moda fazer votações para o melhor ou pior português de sempre, o “Apocalipse Já!” inicia hoje a sua própria votação:

Qual foi o português mais assim-assim de sempre?

Aceitam-se sugestões.

sábado, novembro 25, 2006

Pronto, ok. Música a sério.

Pulp "common people"
She came from Greece, she had a thirst for knowledge She studied sculpture at Saint Martin's College That's where I caught her eye She told me that her Dad was loaded I said "In that case I'll have rum and coca-cola"She said "fine" And then in 30 seconds time she said"I want to live like common peopleI want to do whatever common people doI want to sleep with common peopleI want to sleep with common people like you"Well what else could I do?I said "I'll see what I can do"I took her to a supermarketI don't know why but I had to start it somewhereso it started thereI said "pretend you've got no money"but she just laughed and said "oh you're so funny"I said "YeahWell I don't see anyone else smiling in hereAre you sureyou want to live like common peopleyou want to see whatever common people seeyou want to sleep with common peopleyou want to sleep with common people like me?"But she didn't understandshe just smiled and held my handRent a flat above a shopCut your hair and get a jobSmoke some fags and play some poolPretend you never went to schoolBut still you'll never get it right'cos when you're laid in bed at nightwatching roaches climb the wallif you called your dad he could stop it allyeahYou'll never live like common peopleYou'll never do whatever common people doYou'll never fail like common peopleYou'll never watch your life slide out of viewand then dance and drink and screw'cos there's nothing else to doSing along with the common peopleSing along and it might just get you througLaugh along with the common peopleLaugh along although they're laughing at youand the stupid things that you dobecause you think that poor is coolLike a dog lying in a cornerthey will bite and never warn youLook outthey'll tear your insides out'cos everybody hates a touristespecially one who thinks it's all such a laughyeah and the chip stain's greasewill come out in the bathYou will never understandhow it feels to live your lifewith no meaning or controland with nowhere else to goYou are amazed that they existand they burn so brightwhile you can only wonder whyRent a flat above a shopCut your hair and get a jobSmoke some fags and play some poolPretend you never went to schoolBut still you'll never get it right'cos when you're laid in bed at nightwatching roaches climb the wallif you called your dad he could stop it allYou'll never live like common peopleYou'll never do what common people doYou'll never fail like common peopleYou'll never watch your life slide out of viewand dance and drink and screw'cos there's nothing else to doI want to live with common people like you...

Reis Ciganos

Hoje saquei The Very Best Of. São os maiores!


Gipsy Kings "A mi manera"

sábado, novembro 18, 2006

Cool-tuga paga o pogvo IV

Além-tédio

Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

Mário de Sá-Carneiro

E que tal um boicote?

A General Motors voltou com a palavra atrás e, ao que parece, vai mesmo fechar a fábrica da Opel na Azambuja.

A justificação (financeira) que usa não é válida. A crise financeira que a empresa atravessa tem origem nos EUA e não nos 500€/veículo adicionais que custa produzir em Portugal.

O maior fabricante do mundo, registrou no primeiro trimestre do ano um prejuízo de 1,1 biliões de dólares. A fatia de mercado tende a decair, enquanto isso, as tradicionais rivais asiáticas Toyota, a Nissan e a Hyundai ganharam mercado na América do Norte. O problema está do outro lado do Atlântico.

A deslocação para o leste da Europa está mais do que anunciada. A responsabilidade desta empresa parece, à primeira vista, nula.

Já há quem sugira um boicote a todos os produtos da General Motors

(clicar na imagem para ampliar)

terça-feira, novembro 14, 2006

Cool-tuga paga o pogvo XV


No seguimento de outras conversas nocturnas..
___


O homem não é o mundo em viva síntese consciente? A Natureza, para o criar, serviu-se de todos os seus materiais. Nós somos um edifício construído por fora com toda a terra e iluminado, por dentro, com todas as estrelas. E nele, vive, silenciosamente e prisioneiro, o fantasma do seu arquitecto.
Teixeira de Pascoaes, in "Aforismos"

quarta-feira, novembro 08, 2006

Ooh, it's a mess alright

Substituam “Mile End” por “Praceta do Rodolfo” e às vezes é assim que me sinto.
Dedicado a com quem partilho o sofrimento.



Mile End
Pulp


We didn't have nowhere to live,
we didn't have nowhere to go
til someone said
"I know this place off Burditt Road."
It was on the fifteenth floor,
it had a board across the door.
It took an hour
to prise it off and get inside.
It smelt as if someone had died;
the living room was full of flies,
the kitchen sink was blocked
,the bathroom sink not there at all.

Ooh, it's a mess alright,
yes it's
Mile End.

And now we're living in the sky
I never thought I'd live so high,
just like Heaven,
if it didn't look like Hell.
The lift is always full of piss,
the fifth floor landing smells of fish
not just on Friday,
every single other day.
Below the kids come out tonight,
they kick a ball and have a fight
and maybe shoot somebody if they lose at pool.

Ooh, it's a mess alright,
yes it's
Mile End.

Nobody wants to be your friend
cos you're not from round here, ooh
as if that was
something to be proud about.
The pearly king of the Isle of Dogs
feels up children in the bogs.
Down by the playing fields,
someone sets a car on fire
I guess you have to go right down
before you understand just how,
how low, how low
a human being can go.

Ooh, it's a mess alright,
yes it's
Mile End.

segunda-feira, novembro 06, 2006

5 Divas: Para quem aprecia boa música

Inspirado no post da Ella no Kind of blog.

Etta James - I'd Rather Go Blind (Blind Girl)




Baby I Love You by Aretha Franklin



Bessie Smith - St. Louis Blues



Ella Fitzgerald & Count Basie - A Tisket A Tasket
(2 em 1; Grande Count Basie)




Nina Simone - Porgy (I Love You, Porgy)


(Uma das minhas músicas preferidas da Nina S.)

Pareço eu a tocar..

O poder em queda

Depois de tanta gente me ter falado disto, lá descobri o vídeo no youtube.

Vodka?

Entrevistadora: É verdade que existem graves problemas de alcoolismo entre os trabalhadores desta fábrica?

Entrevistado (capataz responsável): Nego veementemente essas denúncias. Não existe qualquer tipo de problemas nesta fábrica. Os nossos trabalhadores não bebem álcool…só um copito ou dois depois de almoço…


sexta-feira, novembro 03, 2006

Hoje, acho que me sinto assim...


Dead flowers
Townes Van Zandt
(lyrics byJagger/Richards)

And when you're sitting there
In your silk upholstered chair
Talking to some rich folks that you know
Well I hope you won't see me
In my ragged company
You know I could never be alone

Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the Queen of the Underground
Send me dead flowers every morning
Send me dead flower by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave

And you're sitting back
In your rose pink Cadillac
Making bets on Kentucky Derby days
I'll be in my basement room
With a needle and a spoon
And another girl to take my pain away

Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the Queen of the Underground
Send me dead flowers every morning
Send me dead flower by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave


PS: que moleza, que dia de merda... E não, claro que não existe nenhuma "Susie", muito menos “ dead flowers” (no caso de alguém saber o significado desta expressão, ou conhecer a origem desta música dos Rolling Stones).

quinta-feira, novembro 02, 2006

Last Hippie Standing

Excelente documentário sobre a presença de hippies em Goa (Índia) ao longo das últimas 3 décadas, comparando a geração de 60 com a geração actual (o doc. é de 2002).
Vi este documentário em CD (depois de sacar da net) e encontrei estas partes no Youtube. Não
as visionei todas, por isso espero que estejam completas. Se não estiverem, procurem o filme na net. Vale a pena.
Part I



Part II


Part III


Part IV

terça-feira, outubro 31, 2006

Primeira lei de Queirosene

Quem, numa discussão online, deixar de evocar Hitler ou o nazismo só por causa da Lei de Godwin, perde a discussão.

Gotta feel happy!

Little miss sunshine é um daqueles filmes em que saímos do cinema com um sorriso disfarçado.
Sentimo-nos Felizes.




Memorable Quotes from Little Miss Sunshine
Pageant Official Jenkins: [outraged at Olive's talent act] What is your daughter doing?
Richard: She's kickin' ass... that's what she's doing.

domingo, outubro 29, 2006

Como é que com tanto se faz tão pouco, e com tão pouco se faz tanto?

Ando a pôr os filmes em dia. Que é como quem diz, ando a ver, pouco a pouco, os filmes recentes de “maior sucesso”, ao mesmo tempo que tento ver ou rever “clássicos”. Na semana passada, uma desilusão (das grandes) e uma surpresa: respectivamente, Broken flowers, de Jim Jarmusch ; e À bout de souffle, de Jean-Luc Godard.

O que é que estes dois filmes têm em comum? Nada, mas tem tudo a ver com o título deste post.

Broken Flowers foi uma desilusão completa.


No final do filme tive que berrar uns nomes feios para o ar (vi o filme em casa, não em sítios públicos). Como é que com tão bons actores, com um argumento tão promissor, com uma produção cuidada, até mesmo com bons pormenores de realização, se faz uma porcaria tão grande? Calculo, que muitos dos leitores (os que eu adivinho que me estão a ler) terão gostado do filme. Pois eu nem achei bom nem mau, achei uma autêntica merda! Não quero desvendar o final do filme, para não o estragar a alguém que ainda faça intenções de o ver, por isso não farei grandes comentários ao mesmo.

Sobre os actores, de facto Bill Murray é excelente a fazer papéis de seres aborrecidos, com a vida, consigo próprio, com o mundo. Seja na "agorafóbica cidade de Tóquio" em Lost in Translation, seja neste Broken flowers. Mas, caramba! Já chateia! Será que este gajo teve mais do que 3 falas por filme desde os Ghostbusters? Se em Lost in Translation havia uma Sofia Coppola para o fazer falar sem ele abrir a boca, no filme de que vos falo Jim Jarmusch não consegue. Chega a ser penoso o quão morto é o personagem e o próprio filme. Aborrece, entedia, mata lentamente até ao ponto de se pensar em tirar o DVD e ver outra coisa. Mas como já referi, o argumento é engraçado e cria expectativas. Mas no final, temos a certeza: devíamos ter tirado o DVD e visto outro filme.
À bout de souffle é a completa antítese.



Um filme sem nenhuma história especial, um fugitivo, porque assassinou um polícia, uma jovem americana, linda, Paris, baixo orçamento, o guião só se concluiu durante as filmagens, filmagens simples, e um grande Filme.

Os actores e as suas falas valem por tudo. A realização, simples, foca-se nas palavras, nos olhares, nos movimentos de lábios, em particular do “gangster” Michel Poiccard (interpretado por Jean-Paul Belmondo).

Ambos os filmes são lentos, parados, algo aborrecidos. Mas neste, chegamos ao fim, e sentimo-nos satisfeitos, cheios de algo, cheios de cinema. Neste, temos vontade de ver (ou rever) Godard, temos vontade de idolatrá-lo e querer mais. Neste filme, percebemos que fazer cinema é não é para quem quer, é para quem sabe.




"Si vous n'aimez pas la mer, si vous n'aimez pas la montagne, si vous n'aimez pas la ville, allez vous faire foutre"
Michel Poiccard
PS: Ao reler este texto, vejo que é evidente um ódio demasiado visceral. Até admiro bastante o Bill e do Jim este é o único filme que conheço. Mas senti-me tão raivoso depois de perder hora e meia a ver esta porcaria que me apeteceu desabafar. Para este ataque súbito de consciência, muito contribuiu a opinião de quem sabe. Kalash, obrigado por me chamares a atenção. Para quando um blogue sobre cinema, com a opinião de quem sabe, ou seja, de quem conhece?

quarta-feira, outubro 25, 2006

Always look on the bright side of life

Dedicado ao pessoal da bola das terças-feiras à noite. Há sempre alguém que joga pior que nós.

sexta-feira, outubro 20, 2006

Aznar

Isto é o primeiro parágrafo do post anterior. Por mais que tente, não o consigo lá colocar. A culpa é do Bill Gates.


Marta Nebot, periodista del programa Noche Hache (en la cadena de televisión Cuatro), se acercó al ex presidente del Gobierno José María Aznar en el curso de un acto público para hacerle una pregunta. Le entregó un libro para que lo firmara, y Aznar lo hizo para luego despacharla sin responder a la cuestión introduciéndole el bolígrafo en el escote. “Yo pensé que quería callarme la boca y librarse de mí de un plumazo”, explicó Nebot el pasado martes, cuando se emitió el vídeo.

Aznar


<<>
El incidente se produjo ese mismo día, durante la presentación de un libro del ex presidente de Colombia Andrés Pastrana en la Casa de América. Nebot se acercó a Aznar y le preguntó si se había inspirado "en el señor Pastrana cuando dijo el Movimiento de Liberación Vasco en su época”. Y aunque el ex presidente no contestó la pregunta sí le firmó un ejemplar de la obra que se presentaba, pese a no ser él el autor.
Preguntada hoy en la Cadena Ser sobre cómo se sintió cuando el ex presidente la despachó de tal modo, Nebot ha dicho: “Gracia no me hizo. La gente que no tiene sentido del humor, cuando le entras con humor, salen por sitios raros porque no saben cómo reaccionar”. “No sabes donde poner el boli y lo pones ahí en plan banderilla”, ha añadido a modo de hipótesis sobre lo que pudo ocurrir.>>
Fonte: El Pais

Democrat Tim Ryan kicks Bush's ass



Felizmente nem todos são carneiros.

"Letting everyone down would be my greatest unhappiness" M.A.



Sobre o filme (e que bom filme!) está tudo escrito no Kind of Blog, na crítica do conhecido cinéfilo Kalash. Quanto à banda sonora, muito se tem dito e muito mais se dirá. Será de certeza daqueles álbuns que muita gente irá guardar na pasta OST do seu PC.
O filme é de facto muito bom. Não na onda sex, drugs and punk-rock que eu estava à espera, mas antes um ritmo sereno, com entradas de banda sonora no sítio certo, para criar o ambiente certo. Armando-me em cromo e utilizando a mesma classificação que os energúmenos críticos do Público, entre O e *****, daria um *** (= a não perder) a este filme muito bem filmado. Como diz Kalash, numa tirada deveras cinéfila, a "actriz" principal é Sofia Coppola.

Mas estando tudo dito sobre o filme no Kind of blog, serve este texto para chamar a atenção a um pormenor extra banda sonora:


Marianne Faithfull .



Neste filme, faz o papel de Maria Teresa, Imperatriz da Áustria e mãe de Maria Antonieta. Marianne Faithfull tem uma extensíssima carreira musical, muitas participações em variadíssimos filmes e séries de Tv., bem como participações suas em bandas sonoras. O seu último álbum - o único que conheço mais profundamente – “Before the Poison”, merece uma audição cuidada. Para quem gosta do género, aconselho vivamente.

Mais, se querem ter pesadelos, vejam o filme e, na parte em que aparece a Imperatriz, imaginem-na a tomar uns LSD com o seu namorado Mick Jagger. Marianne Faithfull, além de ter tido uma relação com o vocalista dos Stones, teve sérios problemas de dependência de drogas durante alguns anos.

A parte deste pesadelo Imperial, quero com isto tudo dar o merecido destaque de uma Senhora que, neste filme, faz um mero papel secundário. Na vida musical, o papel principal foi e ainda é dela.

terça-feira, outubro 17, 2006

Não há coincidências?


Funções governamentais exercidas
De 2004-07-17 Até 2005-03-12

Ministro de Estado do XVI Governo Constitucional
De 2004-07-17 Até 2005-03-12

Ministro da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar do XVI Governo Constitucional
De 2002-04-06 Até 2004-07-17

Ministro da Defesa Nacional do XV Governo Constitucional
De 2002-04-06 Até 2004-07-17

Ministro de Estado do XV Governo Constitucional
Fonte: Wikipedia

segunda-feira, outubro 16, 2006

Abençoada ignorância

"Alterações climáticas e cepticismo económico" @ O Insurgente

Onde é que andam umas FP 25 de Abril, quando precisamos delas?

Lei de Godwin


Há pouco tempo descobri esta lei e achei que valia a pena partilhá-la convosco.
A transcrição é directa da Wikipedia. Desculpem, mas não estava para ter trabalho a traduzir. Gosto em particular do corolário, é qualquer coisa do género: “numa discussão, quem primeiro invocar Hitler ou os nazis, perde a discussão”.
Godwin's Law (also Godwin's Rule of Nazi Analogies) is a mainstay of Internet culture, an adage formulated by Mike Godwin in 1990. It is particularly concerned with logical fallacies such as reductio ad Hitlerum, wherein an idea is unduly dismissed or rejected on ground of it being associated with persons generally considered "evil".
The law states:

As an online discussion grows longer, the
probability of a comparison involving Nazis or Hitler approaches one. [1]

Godwin's Law does not dispute whether, in a particular instance, a reference or comparison to Hitler or the Nazis might be apt. It is precisely because such a reference or comparison may sometimes be appropriate, Godwin argues in his book, Cyber Rights: Defending Free Speech in the Digital Age, that hyperbolic overuse of the Hitler/Nazi comparison should be avoided, as it robs the valid comparisons of their impact.
Although in one of its early forms Godwin's Law referred specifically to
Usenet newsgroup discussions[2], the law is now applied to any threaded online discussion: electronic mailing lists, message boards, chat rooms, and more recently blog comment threads and Wikipedia discussion pages.
Corollaries and usage
There is a tradition in many newsgroups and other Internet discussion forums that once such a comparison is made, the
thread is finished and whoever mentioned the Nazis has automatically "lost" whatever debate was in progress. This principle is itself frequently referred to as Godwin's Law. Thus Godwin's Law serves also to impose an upper bound on thread length in general.
(…)

domingo, outubro 15, 2006

Bollywood II

A pedido de muitos (um) leitores, mais Bollywood.

Those were the days..


Chiru




Indian midget "break'n"




Ellam Inba Mayam - Dance Fever

terça-feira, outubro 03, 2006

Hilly Yoro

Life is a combination
Of tears and smiles
Everyone should follow
Their own route
If a man has no eyes
Another can see
If a man has no feet
Another can walk

Ali Farka Touré


Bollywood

Prabhu Deva - Kalluri Vaanil Legendado em Português

sexta-feira, setembro 15, 2006

Hey you

Ontem vi "The Squid and the whale". Hoje, esta música não me sai da cabeça. AHHHHHH...
Mas não deixa de ser uma grande música.


"Hey You"
Pink Floyd

Hey you, out there in the cold
Getting lonely, getting old
Can you feel me?
Hey you, standing in the aisles
With itchy feet and fading smiles
Can you feel me?
Hey you, dont help them to bury the light
Don't give in without a fight.

Hey you, out there on your own
Sitting naked by the phone
Would you touch me?
Hey you, with you ear against the wall
Waiting for someone to call out
Would you touch me?
Hey you, would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home.

But it was only fantasy.
The wall was too high,
As you can see.
No matter how he tried,
He could not break free.
And the worms ate into his brain.

Hey you, out there on the road
always doing what you're told,
Can you help me?
Hey you, out there beyond the wall,
Breaking bottles in the hall,
Can you help me?
Hey you, don't tell me there's no hope at all
Together we stand, divided we fall.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Eixo do Mal

O 11 de Setembro visto pelo "Eixo do Mal".

Irão

Tehran Times - Única referência na rubrica “ViewsIran News Daily - "Global Media Abhors U.S. Response to 9/11 "Iran Daily - " 5 Years After 9/11: Bin Laden Still Taunts America "

Síria

Syria Times - "Highlights of Sept.11 events` 5th. anniversary"

Coreia do Norte

The People's Korea - Isto é um jornal ?! Aproveitem para conhecer melhor Kim Jong Il

(A listagem apresentada, refere-se somente aos jornais com publicação em inglês ulitizando como fonte http://www.newspapers24.com/ )

sexta-feira, setembro 01, 2006

Sugestão musical da semana..para quem não conheça ainda





"Que sera"
"Where my heart's at (feat The Others)"




"Lost the Way"

" 2005 may be a very good year for Wax Tailor. Following the warm welcome received after two successful EP "Lost the Way" and "Que sera / Where my heart’s at" Wax Tailor now delivers his awaited first album, a 52 minutes tour in the depth of his "cinematic hip hop".
18 tracks that will for sure raise memories.
Wax Tailor uses samples in his music as film directors use actors. His record is conceived as an orchestral movie between hip-hop and downtempo where WT hijacks « the forgotten melodies» and tells a story of his own where each track is a sequence. " in here

PS: não é nada de novo mas ando a ouvir e lembrei-me de sugerir à malta.

terça-feira, agosto 29, 2006

Há 3 dias que esta música não me sai da cabeça...





Starman

Goodbye love

Didnt know what time it was the lights were low- oh-how I
leaned back on my radio-oh-oh
Some cat was layin down some rock n roll lotta soul,
he said Then the loud sound did seem to fade-a-ade
Came back like a slow voice on a wave of phase-ha-hase
That werent no d.j. that was hazy cosmic jive

Theres a starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us
But he thinks hed blow our minds
Theres a starman waiting in the sky
He's told us not to blow it
Cause he knows its all worthwhile

He told me:
Let the children lose it
Let the children use it
Let all the children boogie

I had to phone someone so I picked on you-ho-ho Hey,
thats far out so you heard him too!-o- o
Switch on the tv we may pick him up on channel two
Look out your window I can see his light-a-igh
tIf we can sparkle he may land tonight-a-ight
Dont tell your poppa or hell get us locked up in fright
David Bowie

quarta-feira, agosto 16, 2006

...essa que me alimenta

Ando sem tempo para nada. Tanto para escrever e tão pouco tempo livre. Vai sobrando tempo para a música. Essa que me alimenta. Esta semana sugiro Mayra Andrade. É bom. Muito bom. Tem no som a frescura que andava a fazer falta ouvir. Ouçam que vale a pena.

“(…) Mayra Andrade nasceu em Cuba de pais caboverdianos, viveu em Cabo Verde, no Senegal, em Angola e depois na Alemanha. Desde muito jovem ela apaixona-se pela comédia e pela musica brasileira. Aos 13 anos ela já sobressaia pela sua voz e personalidade. É seleccionada para cantar na Bélgica por ocasião duma conferência com Dalai Lama dirigida aos estudantes. Uma primeira etapa dum percurso fora do comum. (…) Militante da cultura caboverdiana, no palco Mayra impõe seu próprio estilo. Da sua voz grave, quente e aveludada, ela passa com uma facilidade surpreendente da Morna ao Funana e da Coladeira ao Batuque associando-lhes um toque Jazzy único. A sua personalidade e talento trazem um verdadeiro sopro novo à musica das ilhas de Cabo Verde, resultado dum cruzamento de ritmos da África e do Velho Continente.”

PS: Em especial para o pessoal do Kind of Blog, acho que vão gostar das sonoridades desta senhora.
PS2: Um dia depois de ter escrito este post, descobri que na página 6 da “Dica da Semana” de quinta-feira, 17 de Agosto de 2006, edição nº 234, se encontrava a mesma recomendação: Mayra Andrade.
Até a “Dica” anda mais actualizada do que eu....

quarta-feira, julho 19, 2006

Cool-tuga paga o pogvo XIII

Conferência Das Nações
Terminou sem qualquer acordo a 23ª conferência das nações. Reunida com o objectivo de discutir um limite para o número de vítimas de atentados causados pela concorrência empresarial, sobre a mesa estava uma proposta das organizações não governamentais para reduzir, até 2010, o número global de vítimas em 20%, menos um milhão do que as actualmente verificadas. A União dos Estados Avançados, responsável por mais de 50% dos números existentes, considerou a proposta irrealista, com consequências catastróficas para a economia da união e economia mundial. No que apelidou um gesto de boa vontade, aU.E.A. propôs um compasso de espera para a reconversão da indústria, através da manutenção do actual número de vítimas até 2010. A Comunidade de Estados concorda em reduzir o número de vítimas mas defende uma calendarização diferente: propõe menos 5% até 2001, 10% até 2010 e 20% até 2015. O escalonamento é justificado com os custos de adapatação que a redução implica. Por sua vez, a Federação dos Estados do Sul, defensora da redução global proposta, reivindica um aumento de 40% da sua quota de vítimas, de forma a atingir o nível da União dos Estados Avançados. Face ao impasse das negociações foi marcada nova conferência das nações para 2001. Até lá, estima-se que o número de vítimas ultrapasse os seis milhões por ano.

sábado, junho 24, 2006

Cool-tura para o povo XII

Este poema mais não é do que a letra de uma música muito boa (“Contamíname”). O autor, um senhor nascido em Güimar, ilha de Tenerife, em 1966, é um dos mais conhecidos "cantautores" espanhóis. Esta música foi integrada no seu primeiro álbum a solo, “Golosinas”, editado em 1995.
Tentem arranjar a música porque vale a pena, é daquelas que fica no ouvido.
Para saber mais sobre o autor, vejam aqui.


Contamíname

Cuéntame el cuento del árbol dátil
de los desiertos,
de las mezquitas de tus abuelos
dame los ritmos de las darbukas
y los secretos
que hay en los libros que yo no leo...

Contamíname, pero no con el humo
que asfixia el aire
ven, pero sí con tus ojos y con tus bailes
ven, pero no con la rabia
en los malos sueños
ven, pero sí con los labios
que anuncian besos.

Contamíname, mézclate conmigo
que bajo mi rama tendrás abrigo,
contamíname, mézclate conmigo
que bajo mi rama tendrás abrigo.

Cuéntame el cuento
de las cadenas que te trajeron,
de los tratados y los viajeros
dame los ritmos de los tambores
y los voceros
del barrio antiguo y del barrio nuevo...

Cuéntame el cuentode los que nunca se descubrieron
del río verde y de los boleros
dame los ritmos de los bouzukis,
los ojos negros
la danza inquieta del hechicero.

quinta-feira, junho 22, 2006

Monty Python - International Philosophy

Gentilmente dado a conhecer por Lugar Comum.

1. Só na Filosofia é que o Sócrates “marca golos”.
2. Os Gato Fedorento fizeram, numa das suas séries, um sketch igual a este (mas de muito pior qualidade). Os separadores da série (quando esta passava na SIC Radical) eram muito parecidos com os da série Monty Phyton (há bem pouco tempo revi-a na RTP memória). Isto não começa a soar a plágio?

quinta-feira, junho 08, 2006

Eu tentei

Era só para avisar que hoje, seguindo a moda nacional, tentei entrar para o Guinness.
Não consegui.

domingo, junho 04, 2006

Cool-tura para o Povo XI

"Lavagem Cerebral"

Racismo preconceito e discriminação em geralÉ uma burrice coletiva sem explicação Afinal que justificativa você me dá para um povo que precisa de união Mas demonstra claramenteInfelizmente Preconceitos mil De naturezas diferentes Mostrando que essa gente Essa gente do Brasil é muito burra E não enxerga um palmo à sua frente Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente Eliminando da mente todo o preconceito E não agindo com a burrice estampada no peito A "elite" que devia dar um bom exemplo É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento Num complexo de superioridade infantil Ou justificando um sistema de relação servil E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação Não tem a união e não vê a solução da questão Que por incrível que pareça está em nossas mãos Só precisamos de uma reformulação geral Uma espécie de lavagem cerebral Não seja um imbecil Não seja um Paulo Francis Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante O quê que importa se ele é nordestino e você não? O quê que importa se ele é preto e você é branco? Aliás branco no Brasil é difícil porque no Brasil somos todos mestiços Se você discorda então olhe pra trás Olhe a nossa história Os nossos ancestrais O Brasil colonial não era igual a Portugal A raiz do meu país era multirracial Tinha índio, branco, amarelo, preto Nascemos da mistura então porque o preconceito? Barrigas cresceram O tempo passou...Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor Uns com a pele clara outros mais escuraMas todos viemos da mesma mistura Então presta atenção nessa sua babaquice Pois como eu já disse racismo é burrice Dê a ignorância um ponto final: Faça uma lavagem cerebral
Negro e nordestino constróem seu chão Trabalhador da construção civil conhecido como peão No Brasil o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou que lava o chão de uma delegacia É revistado e humilhado por um guarda nojento que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro ao nordestino e a todos nós Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói O preconceito é uma coisa sem sentido Tire a burrice do peito e me dê ouvidos Me responda se você discriminaria Um sujeito com a cara do PC Farias Não você não faria isso não...Você aprendeu que o preto é ladrão Muitos negros roubam mas muitos são roubados E cuidado com esse branco aí parado do seu lado Porque se ele passa fome Sabe como é: Ele rouba e mata um homem Seja você ou seja o Pelé Você e o Pelé morreriam igual Então que morra o preconceito e viva a união racial Quero ver essa musica você aprender e fazer A lavagem cerebral O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista É o que pensa que o racismo não existe O pior cego é o que não quer ver E o racismo está dentro de você Porque o racista na verdade é um tremendo babac aQue assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca E desde sempre não para pra pensar Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar E de pai pra filho o racismo passa Em forma de piadas que teriam bem mais graça Se não fossem o retrato da nossa ignorância Transmitindo a discriminação desde a infância E o que as crianças aprendem brincando É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando Qualquer tipo de racismo não se justifica Ninguém explica Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural Todo mundo é racista mas não sabe a razão Então eu digo meu irmão Seja do povão ou da "elite"Não participe Pois como eu já disse racismo é burrice Como eu já disse racismo é burrice Como eu já disse racismo é burrice Como eu já disse racismo é burrice Como eu já disse racismo é burrice E se você é mais um burro Não me leve a mal É hora de fazer uma lavagem cerebral Mas isso é compromisso seu Eu nem vou me meter Quem vai lavar a sua mente não sou eu É você

Gabriel o Pensador
Álbum "Gabriel o Pensador"

sexta-feira, junho 02, 2006

Hoje, fiz-me Homem

Os mais perversos leitores pensarão de imediato que perdi a virgindade. Não é nada disso. Terei que esperar mais uns anos para que tal milagre aconteça. Também não escrevi um livro nem plantei uma árvore. Não ajudei criancinhas pobres, nem acabei o meu curso universitário. Não arranjei emprego, nem deixei de roer as unhas.

Hoje, atravessei o Bairro dos Ciganos a pé! Sozinho!

Vinte e cinco anos e meio depois de ter sido posto neste mundo, fiz-me Homem.

E porque achei que o momento merecia um toque especial, procurei na panóplia de mp3 de bolso, a música mais anúncio-de-penso-higiénico-sinto-me-bem-e-não-quero-saber-de-mais-nada, que tinha. Encontrei. Era a música mais alegre que podia haver para a circunstância: “We Are The Sleepyheads” de Belle And Sebastian. Pus os phones (este acto, só por si, é fascinante) para ignorar qualquer som circundante - por exemplo “passái o diñero, ó primo” - e segui feliz da vida.

Qualquer tom xenófobo neste texto é pura especulação. O bairro dos ciganos é contíguo ao meu (bairro dos branquinhos). Desde criança que me habituei a brincar com ciganos, e tal facto nunca me causou muito incómodo, à parte do cheiro, claro. Mas eram os ciganos que vinham brincar para a minha porta. Ir brincar para a porta dos ciganos incluía uma sova, roubo de todos os pertences e um valente raspanete ao chegar a casa.
Assim, a brincadeira sempre ficou pelo meu bairro.

Mas hoje, não há fronteiras. Eu uni os dois povos: o EU e o Eles.

sábado, maio 20, 2006

Tuga











Portugal entrou hoje para o Guinness World Records como o país que mais tenta entrar para o Guinness World Records.

segunda-feira, maio 01, 2006

Dia do trabalhador

Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Sò tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitòria.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas

Bertold Brecht

terça-feira, abril 25, 2006

Sons de Abril



"Grândola Vila Morena (Zeca Afonso)"
Charlie Haden & Carla Bley
Álbum: Ballad Of The Fallen CD
ECM Records

segunda-feira, abril 24, 2006

25 de Abril Sempre!!!



Letra para um Hino

É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros.
Se te apetece dizer não, grita comigo: não!

É possível viver de outro modo.
É possível transformar em arma a tua mão.
É possível viver o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre, livre, livre.

Manuel Alegre, O Canto e as Armas

sábado, abril 22, 2006

Tuga-Light

Um aplauso a todos os deputados com faltas injustificadas.
Um aplauso a toda a gente que diz “s'láda” em vez de "salada".
Um aplauso ao Paulo Portas que, afinal, é filiado no PSD/Porto.
Um aplauso a quem roubou a urna de voto do CDS-PP/Oeiras.
Um aplauso a todos os blogues que, tal como este, só servem para masturbação intelectual.
Um aplauso ao anúncio que enaltece os aplausos.

segunda-feira, março 27, 2006

Tuga


Compreendo a angústia de quem foi deportado do Canadá. Compreendo que lá se tenha deixado muitos bens, amizades, familiares, etc. Compreendo a dor. A sério que compreendo. Mas…

Estes emigrantes não foram deportados por mais nenhum motivo senão o facto de estarem ilegais.

Não havendo “papéis”, o Tuga desenrrasca-se. O tuga é mais esperto do que isso. Invoca o estatuto de refugiado. E como é esperto só para algumas coisas, não sabe tratar do processo. Então paga milhares de dólares a uma “mánágére, prontes, uma conselheira…” para lhe tratar do processo. No final, a conselheira não tratou de nada, ou chega com a triste notícia, pasme-se, que Portugal não tem conflitos étnicos/religiosos, nem está em guerra civil, logo não se pode invocar o estatuto de refugiado. Não tendo estatuto nem papeis, pasme-se, o Canadá notifica os emigrantes que têm que abandonar o país. O governo anterior tinha “prometido” que iria resolver os problemas destes emigrantes. Esse governo, pasme-se, só durou um ano. Agora é um governo dito Conservador. Claro que os emigrantes ilegais, estando como tão bem diz a palavra ILEGAIS, têm que, pasme-se, sair do país. Países estes desenvolvidos que fazem estas sacanagens: identificam, notificam, e pagam a saída a emigrantes ilegais. Sacripantas!

Se fosse cá: vaitembora ó preto! E alguns desses, por acaso, mereciam o estatuto de refugiado.

A pergunta que me fica é se por causa de 200 chico-espertos, ficaram 200 realmente refugiados impedidos de entrar ou permanecer no país. Não sei, nem se saberá.

Para os que voltaram: bem-vindos a Portugal. Com essa atitude lá fora, cá dentro, vão-se dar muito bem….

sábado, março 25, 2006

O pior post de sempre

Zézé camarinha discursou esta semana na Assembleia-geral das Nações Unidas.
Depois do seu discurso sobre a falta de gajedo na praia da Rocha, agarrou em duas Txutxas, e dirigiu-se para a festa que se realizou nessa noite.



terça-feira, março 21, 2006

Cool-tura para o povo X - Dia mundial da poesia

Há sete anos, um amigo deu-me a conhecer este poema. Hoje, reencontrei-o.

Vivam Apenas

Vivam, apenas
Sejam bons como o sol.
Livres como o vento.
Naturais como as fontes.

Imitem as árvores dos caminhos
que dão flores e frutos
sem complicações.
Mas não queiram convencer os cardos
e transformar os espinhos
em rosas e canções.

E principalmente não pensem na morte.
Não sofram por causa dos cadáveres
que só são belos
quando se desenham na terra em flores.

Vivam, apenas.
A morte é para os mortos!

José Gomes Ferreira

sexta-feira, março 17, 2006

Cool-tura para o povo IX

Amador sem coisa amada

Resolvi andar na rua
com os olhos postos no chão.

Quem me quiser que me chame
ou que me toque com a mão.

Quando a angústia embaciar
de tédio os olhos vidrados,
olharei para os prédios altos,para as telhas dos telhados.

Amador sem coisa amada,
aprendiz colegial.
Sou amador da existência,
não chego a profissional.
António Gedeão

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

O SIS falhou!

Estas semanas de ausência das lides “bloguisticas”, serviram-me para entrar num período de reflexão e transe política/filosófico/intestinal. A primeira conclusão a que cheguei, é que os nossos Serviços de Informações de Segurança andam a dormir.

A página oficial dos SIS contém uma lista de todos os grupos terroristas:
  • Al Qaida – A Base alias “Exército Islâmico” alias “Organização de Usama bin Ladin” alias “Frente Islâmica Mundial para a Jihad Contra os Judeus e Cruzados”
  • Egyptian Islamic Jihad
  • Grupo Salafita para a Prédica e Combate
  • Grupo Islâmico Combatente Marroquino alias Al Harakat Al Islamiya Al Magribiya Al Muqatila
  • Grupo Islâmico Combatente Tunisino alias Al Djibha Al Islamiya Tunisiya
  • Grupo Islâmico Combatente Líbio alias Al Garnaa Al Islamiya Al Libya alias Al Muqatila
  • Sipah-e- Sahaba Pakistan alias Millat-e-Islami Pakistan
  • Jemaah Islamiyah
  • Abu Sayyaf
  • Ansar Al Islam
  • Tanzim Al Qaidat Al Jihad Fi Bilad Al Rafidayn alias Jamat Al Tawhid Wal
  • Jihad -Al Qaida no Iraque
  • Al Ittihad Al Islamia
  • Harakat Il Jihad Al Islami Bangladesh
  • Euskadi Ta Askatasuna (ETA)
  • Kongra Gel - Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ex-PKK
  • Continuity Irish Republican Army (CIRA)

Mas o SIS falhou. O SIS esquece-se que o TUGA é uma bomba por rebentar. O SIS ignorou os avisos deixados por um grande senhor que a história teima em apagar da memória: Subtil, Manuel Subtil.

Quem não se lembra de acordar com os telejornais a relatarem a historia do homem que estava fechado na casa de banho da RTP, pronto a rebentar com aquilo tudo? Quem não se lembra das míticas frases:
“ ...ai as minhas filhas, ai que eu rebento com isto tudo, ai…”
"... ai JESUS, saiam daqui e nao intervenham, que eu faço rebentar isto !! ... "

"... pela alma da minha mae, deixem-me morrer ..."
Foi o maior! Durante aquela hora, o Manuel foi o maior. Foi a angústia de todo a gente, condensada num só acto de rebeldia. À boa maneira Tuga, não chegou a rebentar nada. É isto o que temos de melhor! Somos os únicos terroristas cheios de bazófia. Connosco, as revoluções não derramam sangue, as guerras não têm mortes, os terroristas não rebentam bombas. Somos os maiores!

O mundo anda preocupado com o Hamas e com o Irão... Preocupem-se connosco! Nós somos lixados. Não rebentamos bombas mas fazemos fitas, gritamos e esperneamos, para que alguém nos ouça.
Manuel Subtil, onde quer que estejas, um grande bem-haja!

domingo, fevereiro 05, 2006

Em recuperação

Estou a recuperar do trauma emocional de irmos ter um Presidente que acumula gosma aos cantos da boca. Assim que conseguir, emocionalmente e fisicamente, o Apocalipsejá voltará a funcionar regularmente. Voltem sempre.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Cool-tura para o povo VIII

"E Alegre se fez triste"

Aquela clara madrugada que
viu lágrimas correrem no teu rosto
e alegre se fez triste como se
chovesse de repente em pleno agosto.

Ela só viu meus dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
viu nossos olhos juntos nos segredos
que em silêncio dissemos separados.

A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
por onde um automóvel se afastava.

E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
que fez tão triste a clara madrugada.
Manuel Alegre

O CANTO E AS ARMAS, CENTELHA, COIMBRA, 1974, 3ª EDIÇÃO, P.61

sábado, janeiro 21, 2006

Cool-tura para o povo VII - em dia de reflexão

Trova do Vento que Passa

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novos
e notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Sabedoria popular


1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Cavacar, põe-te a chorar.
2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Cavaco, mais cedo se enterra.
3) Cavaco a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Cavaco lixa-se.
5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Cavaco, tem cem anos de aflição.
6) Gaivotas em terra temporal no mar; Cavaco em Belém, o povinho a penar
7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Cavaco quem se quer afogar.
8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Cavaco, Cavacão, manhã de inverno tarde de inferno.
9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Cavaco é burro mesmo.
10) Peixe não puxa carroça; voto em Cavaco, asneira grossa.
11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Cavaco empossado, povinho atropelado.
12) A ocasião faz o ladrão, e de Cavaco um aldrabão.
13) Antes só que mal acompanhado, ou com Cavaco ao lado.
14) A fome é o melhor cozinheiro, Cavaco o melhor coveiro.
15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Cavaco, não se faz à gente.
16) Boda molhada, boda abençoada; Cavaco eleito, pesadelo perfeito.
17) Casa roubada, trancas na porta; Cavaco eleito, ervas na horta.
18) Com Cavacos e bolos se enganam os tolos.
19) Não há regra sem excepção, nem Cavaco sem confusão.
20) De Boliqueime, nem bom vento nem porra nenhuma.
Gentimente enviado por e-mail.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Burgesso

Nem sei o que hei-de escrever, perante estas merdas.... Estamos entregues aos bichos! Chiça!

terça-feira, janeiro 10, 2006

Cavaco e os 13

Folga no Tribunal Constitucional

“Diz-se pelos corredores do palácio Ratton que uma sondagem junto dos 13 juízes-conselheiros sobre as suas intenções de voto para as próximas presidenciais daria a vitória por unanimidade ao candidato Cavaco Silva. Não por ser o candidato ideologicamente mais próximo de todos os Juízes do Tribunal constitucional (TC). Mas, comentam as más-línguas, porque, com Cavaco em Belém, vão contar-se pelos dedos as vezes em que os 13 conselheiros serão chamados a pronunciar-se. Nada como votar a favor do máximo descanso.”
In Jornal Expresso


E assim, irá à vida o garante do cumprimento da Constituição da República Portuguesa.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Cravo Vermelho ao peito e a cantar a "Grândola Vila Morena"

Hoje lembrei-me de ouvir uma velha música. A quem lhe servir a carapuça....


Cravo vermelho ao Peito

Cravo Vermelho ao peito
A muitos fica bem
Cravo Vermelho ao peito
A muitos fica bem
Sobretudo faz jeito
A certos filhos da Mãe
Sobretudo faz jeito
A certos filhos da Mãe


Não importa quem eles eram
Não importa quem eles são
Nem todo o mal que fizeram
Mas sempre a bem da Nação
Nem todo o mal que fizeram
Mas sempre a bem da Nação

Refrão

E chegado o dia novo
Chegada a bendita hora
Vestiram uma pele de povo
Ficou-lhes o rabo de fora
Vestiram uma pele de povo
Ficou-lhes o rabo de fora

Refrão

E aquele adminstrador
Promovido a democrata
Sempre exaltou o suor
Arrecandando ele a prata
Sempre exaltou o suor
Arrecandando ele a prata
Sempre exaltou o suor
Arrecandando ele a prata

Refrão


Também veio o fura greves
Lacaio dos senhores de então
Pois pode bem ser que às vezes
Se arranje um novo patrão
Pois pode bem ser que às vezes
Se arranje um novo patrão

Refrão

E os cultores da sapiência
Intelectuais de alto nível
Tranquilizando a consciência
O mais à esquerda possível
Tranquilizando a consciência
O mais à esquerda possível

Refrão

José Barata Moura


PS: para ouvir a música siga o link

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Cool-tura para o povo VI

Cool-tura para o povo, a propósito de eleições e reis da primeira volta…


Abaixo el-rei Sebastião

É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.

Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair o porto
temos aqui à mão
a terra da aventura.

Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na vossa voz a voz do vento
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-rei Sebastião.

Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.

Manuel Alegre

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Soares não é fixe. É fixíssimo!





O “Apocalipse Já!” oferece um rebuçado a quem conseguir perceber o que o Dr. Fixíssimo estava a tentar dizer. Boa sorte!