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segunda-feira, outubro 13, 2008

Cine-crítica


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Não é uma obra-prima do cinema, mas a essência de um excelente filme está lá. Sobretudo se entendermos que foi filmado em 1983, no tempo em que ainda não havia internet e em plena Guerra Fria. Ontem revi o filme e a sensação foi a mesma que quando o vi pela primeira vez, provavelmente há uns 20 anos atrás. O argumento, a metáfora, o suspense, a máquina, o Homem, o erro, a realidade que se confunde com a ficção. Quando penso em Jogos de Guerra, imediatamente me lembro d’ O Síndroma da China, que revi também há pouco tempo. Recordo que quem teve um Spectrum, ou outros computadores nos anos 80, viu de certeza Jogos de Guerra e desejou conseguir "entrar" em qualquer sítio, de preferência proibido. Entre outras coisas, lembro-me de ter ficado maravilhado por se poder alugar jogos de computador em lojas nos EUA nesses longínquos anos de 80.
Um excelente filme e no fim, «a única maneira de ganhar o jogo, é não jogá-lo».



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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.
2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto
3 MAU: mau.
4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.
5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.
6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue
7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.
8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.
9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.
10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.


sábado, outubro 11, 2008

Cine-crítica

6/10

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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto3 MAU: mau.4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Cine-crítica



6 episódios com cerca de 30 minutos cada; Manuel João Vieira e amigos; bons pormenores; excelente realização; javardice q.b.; umas risadas como há muito tempo não dava; musiquinha da boa; vida selvagem da boa (Chita e Karley Aida); e ainda se aprende a contar vacas.

estreia na RTP2
23/11/08

Ainda bem que há equipamentos culturais na província que vão permitindo ao poveco ver umas coisas engraçadas fora da grande metrópole Lisboeta.

Mundo Catita
7/10

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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.
2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto
3 MAU: mau.
4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.
5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.
6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue
7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.
8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.
9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.
10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Cine-crítica

Hancock5/10
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7/10

[upon reaching the top of the tower and overlooking the city]
Ken: [to himself] I like it here.

Aproveito para aconselhar este filme à menina que, pela primeira vez na vida seguiu um conselho meu, e foi visitar Bruges. Claro que adorou.

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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.
2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto
3 MAU: mau.
4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.
5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.
6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue
7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.
8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.
9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.
10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

segunda-feira, setembro 22, 2008

Cine-crítica

Tropic Thunder4/10

Uma enorme desilusão. Uma vez visto o trailer, está visto o filme. Fiz um esforço enorme para ver o filme até ao fim. Representações hiper-dramatizadas, realização entre o pobre e o miserável, e um argumento básico com laivos de humor - acho que sorri duas ou três vezes ao longo do filme. Quando se espera muito, a desilusão é ainda maior.

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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.
2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto
3 MAU: mau.
4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.
5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.
6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue
7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.
8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.
9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.
10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Cine-crítica



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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto3 MAU: mau.4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Cine-crítica

(7/10)

Nota: Uma agradável surpresa. Gostei bastante do filme.
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Russell Hammond: [Russell grabs phone away from William] Hey, mom! It’s Russell Hammond. I play guitar in Stillwater. Hey, how does it feel to be the mother of the greatest rock journalist we've met? Hello? Hello...? Look, you've got a really great kid here. There's nothing to worry about. We're taking good care of him, and you should come to the show sometime - join the circus...Elaine Miller: Hey, hey, listen to me, mister. You're charm doen't work on me - I'm on to you. Of course you like him...Russell Hammond: Well, yeah...Elaine Miller: He worships you people. And that's fine by you as long as he helps make you rich.Russell Hammond: Rich? I don't think so...Elaine Miller: Listen to me. He's a smart, good-hearted fifteen year old kid with infinite potential.Russell Hammond: [Russell is stunned]Elaine Miller: This is not some apron-wearing mother you're speaking with - I know all about your valhalla of decadence and I shouldn't have let him go. He's not ready for your world of compromised values and diminished brain cells that you throw away like confetti. Am I speaking to you clearly?Russell Hammond: Yes - yes, ma'am...Elaine Miller: If you break his spirit, harm him in any way, keep him from his chosen profession which is law - something you may not value, but I do - you will meet the voice on the other end of this telephone and it will not be pretty. Do we understand each other?Russell Hammond: Uh, yes, ma'am...Elaine Miller: I didn't ask for this role, but I'll play it. Now go do your best. "Be bold, and mighty forces will come to your aid". Goethe said that. It's not too late for you to become a person of substance, Russell. Please get my son home safely. You know, I'm glad we spoke. [Elaine hangs up]Russell Hammond: [Russell stands holding phone in stunned silence]
Russell Hammond: Your mom kind of freaked me out.
William Miller: [places hand on Russell's shoulder] She means well.

domingo, julho 20, 2008

Cine-crítica

Um dia de cão
(7/10)


Uma das melhores representações que vi nos últimos tempos: Al Pacino. Absolutamente fantástico! Dog day afternoon foi filmado em 1975, ano em que o Al Pacino "perdeu" o Óscar de melhor actor principal para Jack Nicholson (Voando sobre um ninho de cucos). O filme é algo lento no desenrolar da acção, apesar de não ser uma história fascinante o argumento é excelente (Óscar melhor argumento original em 1975) mas ,no geral, é um Bom filme. Aliás, tem alguns excelente momentos de realização, como aquele em que Sonny (Al PAcino) sai do banco e ordena aos policias para baixarem as armas. Quem viu o filme certamente lembrar-se-á.
Felizmente ainda há a RTP2 para nos ir presenteando com eles belos filmes.
Já agora, cada vez mais confirmo a minha teoria (criada neste momento) que a década de 70 é a década dos grandes filmes.

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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.
2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto
3 MAU: mau.
4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.
5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.
6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue
7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.
8 MUITO BOM: Epá granda filme,sim senhor's...
9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser excelente.
10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

quinta-feira, junho 26, 2008

Cine-crítica


Michael Clayton
6/10

1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto3 MAU: mau.4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

sexta-feira, maio 09, 2008

Cine-Crítica

Se não soubesse que o filme era realizado, produzido e escrito por F.F. Coppola, um dos 2 ou 3 génios vivos da 7ª arte e aquele que fez alguns dos melhores - e meus preferidos - filmes da historia do cinema, eu não tinha gostado tanto. Certo.
Se eu não tivesse já lido a crítica e soubesse o quão desprezado foi o filme, teria gostado mais. Certo.
A verdade é que eu esperava uma tentativa de filme europeu com um toque suficientemente inteligente de blockbuster para não dar buraco e (re)arruinar a carreira. Uma tentativa de filme noir . Isso, uma tentativa.
Mas “youth without youth” é muito mais do que uma tentativa. Isto é uma história, uma excelente história, brilhantemente contada. É um belíssimo filme.
Para quem, como eu, acha que "In weiter ferne, so nah!" " ou “Apocalypse Now” são obras-primas merecedoras de 10 em 10, tenho que classificar este com um 9.9 . Preciso de o ver outra vez. O filme não é fácil. É um filme a rever 2 ou 3 vezes. Em cada uma aposto que se descobrirá novos elementos no cenário, novos diálogos, novas filosofias. Meu deus, a filosofia deste filme! Preciso de o rever para ter o clique que me faça disparar sem a mínima dúvida para o 10. Mas gostei. Gostei mesmo muito.
"Youth without youth"
9.9/10

quarta-feira, abril 30, 2008

Cine-crítica

Algumas noites de insónias, algumas manhãs de Outono na cama, vários filmes, uns muito maus, outros muito bons. Começando pelo pior:


3/10
Estive várias vezes para desligar e ver qualquer coisa mais interessante. A curiosidade foi maior e gramei esta porcaria até ao fim. Só leva um 3 e não um 2, porque há pequenas parvoíces do Mike Myers que ainda fizeram sorrir um bocadinho. Mas o filme é mau, não aconselho a ninguém.


Forgetting Sarah Marshall
7/10
Surpreendentemente um bom filme. Estava à espera de uma comediazinha romântico-patética, mas encontrei um filme com piada, com clichés muito bem retratados e que aconselho vivamente.



Para mim, o Kar Wai Wong é uma espécie de Manoel de Oliveira versão techno. Este filme está tremendamente bem realizado, como todos os filmes dele (pelo menos os que vi) tem uma cor que me fascina, actores trabalhados ao pormenor, mas.. é uma seca do caraças. E o argumento não me cativou por aí além.Vale mais pelo filme enquanto peça de arte, do que pelo filme enquanto história.



6/10
É mais ou menos a mesma coisa que o anterior. Com uma única nuance: até meio do filme, tive a sensação de estar a ver um enorme onanismo intelectual do Ethan Hawke. O filme está muito bem filmado mas, no geral, é muita película para coisa nenhuma. Alguém devia dizer ao Ethan que lá por terem pegado nele e filmado um dos melhores filmes de sempre sobre relacionamentos, não quer dizer que ele saiba a fazer o mesmo.
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E de repente, estou calmamente sentado no sofá, alguém liga a confirmar um plano, surge a frase: Já viste o "Any way the wind blows" realizado pelo Tom Barman? Não - respondo eu - já nem me lembrava que o gajo tinha feito um filme. Nunca vi. Passa por aqui e vemos isso. Planos confirmados, keeping it real, convida-se mais uns amigos que não se vê há uns tempos, carrega-se no play.
E de repente, levamos com o melhor filme que vi nos últimos anos. Por outras palavras: pelas minhas contas, nenhum filme me surpreendia tanto pela positiva há 3 anos. Não é uma obra-prima. É, simplesmente, um excelente filme, que não paro de recomendar a toda a gente que conheço . Além disso, tem uma banda sonora daquelas que irão durar anos na playlist. Uma BSO com a qualidade da BSO de Trainspotting, The Big Lebowski ou de Pulp Fiction.
Adoro ser apanhado desprevenido desta maneira por filmes de que nada estou à espera. Num momento é só um filme do gajo dos dEUS, no outro, é um grande filme!

9/10


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1 ABSOLUTA PERDA DE TEMPO: Geralmente não vejo o filme até ao fim.
2 MUITO MAU: Vi até ao fim, mas mais valia ter estado quieto
3 MAU: mau.
4 MAUZINHO: Até tinha algumas expectativas; desiludiu; nada de especial.
5 NEM AQUECE NEM ARREFECE: Vê-se bem, mas não aquece nem arrefece.
6 BONZINHO : Vê-se bem; gostei; tempo bem empregue
7 BOM: bom filme; sim senhor, bons pormenores e tal.
8 MUITO BOM: Epá granda filme! sim senhor's.
9 EXCELENTE: não me canso de recomendar o filme aos amigos; adorei; falta qualquer coisa para ser obra-prima.
10 OBRA-PRIMA: Top dos filmes da minha vida.

Crítica

Shoot 'Em Up
8/10
Juno
5/10
[BSO: 9.5/10]


Tropa de elite
7/10


The Darjeeling Limited
6/10

terça-feira, março 18, 2008

Whow! Temos filme!

E que belo filme. Ficou, pelo menos, uma nomeação para Oscar de melhor realização por atribuir.
Excelente banda sonora.
into-the-wild
"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi".
Henry David Thoreau

sábado, março 15, 2008

Uma noite ao contrário

Televisão no teatro e teatro na televisão.
Por um lado, teatro em forma de vídeo-clip. Teatro-clip do Teatro da garagem.Alguns momentos de encenação interessantes; momentos (raros) de comédia bem conseguidos; e o resto, tudo o resto, um grande onanismo intelectual. A descrição da peça está aqui. Não gostei.
Por outro lado, teatro sob a forma de cinema. A noite já ia ao contrário, restava ir para casa, trabalhar um bocadinho e procurar esperança no baú digital de filmes. Entre o óbvio, o recente e o desconhecido, optei pelo último. Escolhi Vénus. Gosto de partir para um filme assim: só com uma ou outra referência que por um acaso me despertou a curiosidade de o ver. Sem conhecer história, sem conhecer realizador, actores, produtores, avançar para um quase desconhecido na esperança que a surpresa seja positiva. No caso, a única referência do filme era um Óscar (2006) de melhor actor que, segundo alguns, deveria ter ido para Peter O’Toole pela interpretação neste filme.
O filme é Bom. Não é uma obra-prima, nem um filme para permanecer eternamente na memória. É simplesmente – que melhor adjectivo haverá para este filme – um bom filme, cheio de magníficas interpretações.
O humor britânico está presente do princípio ao fim. Pequenas delícias de requinte em diálogos entre os principais personagens idosos* - «estou cansado. Vou fazer uma sesta pré-sesta» - polvilham o filme de uma ternura que nos cria imediata empatia pelos personagens. Haverá algum “vilão” neste filme?
O filme, no seu todo, é enternecedoramente encantador. Contudo, o perturbador e o carinhoso, o grotesco e o enternecedor, a paixão cega e o amor (puro) andam de mãos dadas ao longo de todo o filme. - «Vénus é uma deusa. Cria amor e desejo, o que muita vezes leva os mortais à tolice e desespero. A merda do costume… Para a maioria dos homens, o corpo feminino é a coisa mais bonita que alguma vez verão». Se num momento há algo de repugnante na relação que se cria entre os dois personagens principais, há também algo de dócil e altruísta. Só vendo.
Para mim, o mais fascinante no filme é mesmo o retrato da decrepitude da idade, que rejuvenesce com a beleza e vitalidade de uma Vénus. 
No fim, fiquei com a sensação que se o senhor Peter O’Toole não é um dos maiores actores vivos, é porque é o maior mesmo.
(*)
Maurice: [Maurice is clipping Ian's toenail] Keep still. It's not surgery.
Ian: I don't trust you.
Maurice: [clips the nail] Got it! A palpable hit!
Ian: But where has the little fucker gone?
Maurice: Who cares? It's free now.
Ian: I can't have my home scattered with toenails.
Maurice: Oh, God. I'll have to get my other glasses.
Ian: They're around your fucking neck.
Maurice: Oh. Thank you.
[puts glasses on, begins to search]
Maurice: Where's that bastard toenail? Ha! There's the little fucker!

sábado, julho 07, 2007

Masterpiece


Sobre o filme não me apetece escrever muito. Aliás, não me apetece escrever nada. Lembrei-me deste filme porque o revi, talvez pela quarta ou quinta vez, ontem, na televisão. “American Splendor” é simplesmente genial. Uma daquelas obras de arte cinematográficas que me enchem as medidas. Os actores, o guião, a História, a música, tudo muito, muito bom.

Quem ainda não o viu, corra já para um clube de vídeo.




Harvey Pekar: I felt more alone that week than any. Sometimes I'd feel a body lying next to me like an amputee feels a phantom limb. All I did was think about Jennie Gerhardt and Alice Quinn and all the decades of people I had known. The more I thought, the more I felt like crying. Life seemed so sweet and so sad, and so hard to let go of in the end. But hey, man, every day is a brand new deal, right? Just keep on working and something's bound to turn up.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Babel

Acho que sou uma pessoa de paixões. Tenho poucos ódios. Os ódios fazem mal à alma, corroem-na subtilmente até à destruição. É mais fácil ter paixões. Mas como todas as paixões, elas cegam-nos, toldam-nos o pensamento, mudam-nos a realidade de sítio fazendo-nos sentir coisas sinceras adormecidas no mais profundo íntimo. O que escreverei de seguida não é mais do que uma paixão. Como tal, poderá desaparecer, poderá perdurar comigo até que a morte nos separe, mas fingir que não se sente uma qualquer paixão é como querermos deixar de existir. Eu existo.

O filme nunca irá ser considerado uma obra-prima porque é demasiado real, demasiado duro, para alguém poder dizer que é magnífico. É mais fácil pensar e assumir que é simplesmente um filme e classificá-lo de muito bom, imprescindível, ou até mesmo de excelente. No entanto, quando a realidade nos entra pelo coração adentro desta maneira, estamos a ver um documentário sobre nós próprios e que em qualquer parte do mundo, desenvolvido ou não, a dor atinge da mesma maneira, aflige, sufoca, mata. Dizer que o filme é uma obra-prima é admitirmos que um dia podemos perder um filho, uma mulher, ou sofrer a mais dura das solidões. Quando um filme se transforma num extenso e belo poema, quando a realização é da mais soberba elegância sentimental, quando a interpretação nos faz olhar a um espelho, torna-se impossível chamar só “filme” a Babel.

Não sei se vi um filme, se abri uma janela e vi o nosso mundo.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Last Hippie Standing

Excelente documentário sobre a presença de hippies em Goa (Índia) ao longo das últimas 3 décadas, comparando a geração de 60 com a geração actual (o doc. é de 2002).
Vi este documentário em CD (depois de sacar da net) e encontrei estas partes no Youtube. Não
as visionei todas, por isso espero que estejam completas. Se não estiverem, procurem o filme na net. Vale a pena.
Part I



Part II


Part III


Part IV