segunda-feira, março 27, 2006

Tuga


Compreendo a angústia de quem foi deportado do Canadá. Compreendo que lá se tenha deixado muitos bens, amizades, familiares, etc. Compreendo a dor. A sério que compreendo. Mas…

Estes emigrantes não foram deportados por mais nenhum motivo senão o facto de estarem ilegais.

Não havendo “papéis”, o Tuga desenrrasca-se. O tuga é mais esperto do que isso. Invoca o estatuto de refugiado. E como é esperto só para algumas coisas, não sabe tratar do processo. Então paga milhares de dólares a uma “mánágére, prontes, uma conselheira…” para lhe tratar do processo. No final, a conselheira não tratou de nada, ou chega com a triste notícia, pasme-se, que Portugal não tem conflitos étnicos/religiosos, nem está em guerra civil, logo não se pode invocar o estatuto de refugiado. Não tendo estatuto nem papeis, pasme-se, o Canadá notifica os emigrantes que têm que abandonar o país. O governo anterior tinha “prometido” que iria resolver os problemas destes emigrantes. Esse governo, pasme-se, só durou um ano. Agora é um governo dito Conservador. Claro que os emigrantes ilegais, estando como tão bem diz a palavra ILEGAIS, têm que, pasme-se, sair do país. Países estes desenvolvidos que fazem estas sacanagens: identificam, notificam, e pagam a saída a emigrantes ilegais. Sacripantas!

Se fosse cá: vaitembora ó preto! E alguns desses, por acaso, mereciam o estatuto de refugiado.

A pergunta que me fica é se por causa de 200 chico-espertos, ficaram 200 realmente refugiados impedidos de entrar ou permanecer no país. Não sei, nem se saberá.

Para os que voltaram: bem-vindos a Portugal. Com essa atitude lá fora, cá dentro, vão-se dar muito bem….

sábado, março 25, 2006

O pior post de sempre

Zézé camarinha discursou esta semana na Assembleia-geral das Nações Unidas.
Depois do seu discurso sobre a falta de gajedo na praia da Rocha, agarrou em duas Txutxas, e dirigiu-se para a festa que se realizou nessa noite.



terça-feira, março 21, 2006

Cool-tura para o povo X - Dia mundial da poesia

Há sete anos, um amigo deu-me a conhecer este poema. Hoje, reencontrei-o.

Vivam Apenas

Vivam, apenas
Sejam bons como o sol.
Livres como o vento.
Naturais como as fontes.

Imitem as árvores dos caminhos
que dão flores e frutos
sem complicações.
Mas não queiram convencer os cardos
e transformar os espinhos
em rosas e canções.

E principalmente não pensem na morte.
Não sofram por causa dos cadáveres
que só são belos
quando se desenham na terra em flores.

Vivam, apenas.
A morte é para os mortos!

José Gomes Ferreira

sexta-feira, março 17, 2006

Cool-tura para o povo IX

Amador sem coisa amada

Resolvi andar na rua
com os olhos postos no chão.

Quem me quiser que me chame
ou que me toque com a mão.

Quando a angústia embaciar
de tédio os olhos vidrados,
olharei para os prédios altos,para as telhas dos telhados.

Amador sem coisa amada,
aprendiz colegial.
Sou amador da existência,
não chego a profissional.
António Gedeão