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segunda-feira, outubro 13, 2008

Reflexões skypeanas

"O meu inconsciente é muito inteligente!
O meu consciente é que nem por isso…"
queirosene

sexta-feira, agosto 08, 2008

Realolympic

Às 8 horas e 8 minutos do dia 8 do oitavo mês do ano de 2008, ocorreu a cerimónia de abertura dos XXIX Jogos Olímpicos. Independentemente da grandiosidade ou não da cerimónia, do maior ou menor número de medalhados, de ocorrerem ou não atentados terroristas, estes Jogos Olímpicos ficarão para a história como o momento em que o mundo se deixou prostituir a troco de um punhado de dólares.
A poucos meses da cerimónia de abertura, durante o percurso da chama olímpica, teve-se a primeira demonstração pública e mediática do que é o sistema político da China. Por essa altura, uma violenta repressão ocorreu no Tibete, não antes de todos os repórteres e estrangeiros terem sido expulsos do país ocupado. De repente, descobriu-se que a China bloqueia o acesso a determinados sítios da internet restringindo a liberdade de expressão. De repente, a comunicação social lembrou-se que a República Popular da China é uma ditadura; que não respeita os direitos humanos; que invadiu e permanece ocupante do Tibete; que vende armas aos mais criminosos regimes deste mundo; que usa a sua posição como membro permanente do conselho de segurança da ONU para proteger governos hediondos; etc.
Mas a China é muito mais do que isto. A china é o terceiro maior país do mundo, o mais populoso, uma superpotência militar e política e a quarta maior economia do planeta. Por tudo isto, e muito mais, recorre-se à Realpolitik e ignora-se tudo o resto. Assim o fez José Sócrates ao apertar a mão a Kadafi, ao elogiar o “trabalho notável” do governo de Angola, ou ao trocar umas palmadinhas nas costas com Hugo Chávez. Perante a possibilidade de um negócio chorudo interessará tudo o resto? O Comité Olímpico Internacional e as grandes potências mundiais, acham que não. Vejam-se os líderes mundiais presentes na cerimónia de abertura.
O nível de cegueira auto-induzida é tanta que, há cerca de uma Semana, o COI emitiu um comunicado em que pedia desculpa à comunicação social estrangeira em Perquim. Por haver censura na China? Não! Pediam desculpa porque poderiam ter induzido em erro, ao longo destes meses, aqueles que acreditavam que a China seria mais tolerante durante o período dos JO.
Fascina-me o argumento de que os Jogos Olímpicos são um evento desportivo e não se deverão imiscuir com a política. Mas há algum assunto da nossa vida em que a política não tenha nada a ver? E os Jogos Olímpicos de Berlim, Melbourne, Munique, Moscovo, Los Angeles, ou a resolução 1761 da Assembleia-Geral da ONU? Não foram tudo motivos políticos?
Não defendo um boicote aos JO de Pequim. Tal como não defendo um corte de relações diplomáticas com a China, nem um bloqueio à importação de produtos chineses. Defendo sim, que não se esqueça o que a China é, e o que pode vir a ser. Defendo que não se troquem direitos humanos por dinheiro, nem que se seja hipócrita por uns dias, só porque convém. Sejamos sérios.
A China é demasiado importante para se ofender, mas demasiado suja para se beijar. Assim, estende-se a mão e finge-se não olhar para a sujidade. Cumprimenta-se e saúda-se o anfitrião mas sem se curvar muito. Ignora-se tudo o resto se houver a possibilidade de um bom negócio. Se pensarmos bem, é mais ou menos assim que funciona a prostituição.

sábado, julho 19, 2008

Foi



algures entre estas duas cenas que, há cerca de 12 anos, me tornei fã de Lou Reed.







E hoje, tal como há 12 anos, continuo sem dinheiro para ir ver um concerto dele...

domingo, junho 01, 2008

A despedida

Depois de uma tarde inteira com os 3 canais de televisão (RTP1, TVI e SIC) a dar “especiais” sobre a selecção nacional de futebol, os 3 telejornais abrem com reportagens e directos sobre a Selecção.

Ganhámos o campeonato da Europa?Não. A equipa fez uma viagem de avião de Portugal para a Suíça. Foi a despedida da Selecção.

Passados 17 minutos da abertura dos telejornais, a SIC dá a primeira notícia/reportagem não directamente relacionada com a selecção nacional defutebol.

Não haverá assuntos mais importantes a acontecer em Portugal?


«Um país que beija a bandeira só por causa do futebol, só existe de 2 em 2 anos.»

Eu

segunda-feira, maio 12, 2008

Dúvida

Não sei se guarde o blogue do Santana Lopes na pasta de Política ou Humor.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Time is timeless

«- Can you hear me?
- Yes.


Let me explain
a couple of things.

Time is short.
That's the first thing.

For the weasel,
time is a weasel.

For the hero,
time is heroic.

For the whore,
time is just another trick.

If you're gentle,
your time is gentle.

If you're in a hurry,
time flies.

Time is a servant
If you are its master.

Time is your god
if you are its dog.

We are the creators of time...

the victims of time
and the killers of time.

Time is timeless.»

In weiter Ferne, so nah!

Boa viagem...até já!

terça-feira, dezembro 25, 2007

E quando tudo estava a correr mal

aparece mais qualquer coisinha que torna tudo ainda pior. "A coisa aqui 'tá preta... "



Chico Buarque/ Francis Hime - "Meu caro amigo"

quarta-feira, maio 02, 2007

quarta-feira, abril 25, 2007

Terra da fraternidade

Há sempre um sítio onde nos sentimos bem. Seja o nosso lar; aquele sítio especial onde namorámos; onde tivemos as férias inesquecíveis; aquele sítio mágico que pensamos ser os únicos a conhecer e onde o mundo pára um bocadinho só para nós; aquele sítio das brincadeiras de infância; há sempre um sítio que nos aconchega o espírito.
Eu tenho alguns, um de cada dos que exemplifiquei e mais um especial: O bar Chessenta, em Faro.
Primeiro uma curta declaração de (des)interesses: Não sou comunista; gosto muito pouco do PCP, em termos partidários; e não tenho nenhuma admiração pela figura do Che Guevara.
Quanto ao bar, não é tanto o sítio, no sentido de espaço físico, pois esse mudou, é o ambiente que lá se vive. O bar Chessenta - para os amigos simplesmente Che - é comunista, a decoração é comunista, os frequentadores habituais são, na sua maioria comunistas, a música ao vivo é de intervenção e o ambiente, esse, é de harmonia.
Conheci o Che há quase 9 anos. Entrei lá pela primeira vez quando estava a ser praxado no meu primeiro ano de faculdade. As vítimas eram “os 3 das Caldas” (conhecidos na blogosfera por queirosene, Xico e Mr.T) que, arrastados pelos abusadores, foram parar a uma tasca vazia, de aspecto rude e que transpirava comunismo pelas paredes. Alguém nos mandou ajoelhar e cantar uma música qualquer. Aparece então um senhor magríssimo, de barba, com a voz embagaçada que nos disse a frase mais sentida que ouvi em toda a minha vida: “Levantem-se já! Mais vale morrer de pé do que viver de joelhos! De joelhos neste bar, NUNCA !”.
O embaraço foi geral, o silêncio constrangedor e a lição para a vida. A memória tem 10 anos, a emoção desta descrição poderá turvar os factos, mas a frase, essa, jamais esquecerei.
O tal senhor, era o Sr. Mário, dono do estabelecimento na altura. E como todos os personagens têm um compincha, a dupla ficava completa com o Sr. Zé. Portuense, de bigode, frases imperceptíveis, cabia-lhe a ingrata tarefa de servir às mesas. O bar é uma espécie de duplex, com umas escadas íngremes que nos levam ao primeiro andar onde estão as mesas e o “palco”. Inevitavelmente alguém caía nas escadas molhadas por cerveja, ou outro líquido e invariavelmente era o Sr. Zé a vítima das circunstâncias. Não fora, na maior parte das vezes, ele estar altamente embriagado e a transportar copos, e a gargalhada geral mesclada com a música ambiente, teria muito mais piada.
O Mário e o Zé há muito que deixaram o bar. A tasca que conheci há muitos anos, a tasca onde se escrevia nas paredes o que nos ia na alma, a tasca cheia de gente a cantar as músicas do Zeca e com imperial ao preço da chuva, mudou. Transformou-se num bar limpo, bem arranjado, com um pequeno plasma capitalista que destoa do resto e com paredes nuas de criatividade pessoal - felizmente, os quadros, fotografias e poemas que decoram o ambiente, mantêm-se.
O que este bar tem de especial, para mim, não é a decoração, nem a música, nem o preço (esse não é de certeza). O que de bom tem o Chessenta, é o que de bom tem, por exemplo, a festa do Avante. O espírito de festa, de comunhão, de liberdade, de igualdade, de fraternidade, o espírito de camaradagem, que nos contagia e alegra. É impossível não gostar. Ódio é uma palavra que nunca deve lá ter entrado. Para isto muito ajudam os seus clientes habituais. Os mais jovens, na sua maioria da JCP, demasiado eufóricos por jogarem, que é como quem diz cantarem, em casa; e os mais velhos: retornados, socialistas, comunistas, bloquistas, “Abril-istas” e resistentes do antigo e do actual regime - pelo menos é assim que os vejo.
Há algum tempo que não ia lá. Ir ao Che, não é só ir beber um copo e pôr a conversa em dia com os amigos. Ir ao Che implica ouvir música ao vivo, cantar e falar com os vizinhos da mesa ao lado, de preferência nas noites de lotação esgotada. Desta forma, já não ia lá a alguns meses.
E claro, ontem, dia 24, só havia um sítio onde ir. O ritual cumpriu-se e lá estive eu. Acompanhado de novos e velhos amigos, rodeado de novos e velhos desconhecidos, com os cheiro dos cravos no ar, de braço dado com os e as camaradas do momento, a cantar a única música que me causa arrepios e humedece os olhos: “Grândola Vila Morena”.
Chessenta, terra da fraternidade…

terça-feira, abril 24, 2007

Caminhamos para a inexistência?


Acabo de ouvir um senhor que ligou para o programa “Antena aberta” da Antena 1. Resumidamente, disse algo muito aproximado a: “(…) Presos políticos? Quantos eram? Só meia dúzia! E eram aqueles que queriam vender o país aos Soviéticos. Hoje em dia o primeiro-ministro pede aos jornalistas para não publicarem isto ou aquilo, controla a imprensa. Ora, isto é uma falsa democracia. Prefiro uma ditadura do que uma falsa democracia. E agora não se pode construir um museu ao Dr. Salazar? Se eu quiser visitar um mausoléu, não posso? (…) A mim, o 25 de Abril não me trouxe nada de bom.”
Este fórum da Antena 1 – tal como o fórum da TSF – é a voz do português sem voz, a voz do “bitaite” popular, a voz do povo, uma voz para se ouvir com atenção. Durante muito tempo não tinha paciência para ouvir as barbaridades aqui ditas. Demorei a chegar à conclusão de que as barbaridade mais não são do que as opiniões que eu considero contrárias às minhas. Mais, tendo o programa o formato e as características que tem, não só são opiniões diferentes como, geralmente, também são extremistas.
Demorei, mas mudei. Hoje em dia ouço estes taxistas, trolhas, operários, camionistas, reformados, etc, com a mesma atenção que oiço o Miguel Sousa Tavares. Quero conhecer o meu povo.
Ainda sobre o ouvinte que relatei no primeiro parágrafo, a sua atitude, os seus argumentos e o seu desconhecimento dos factos, são recorrentes em muitos outros ouvintes que ligam para falar sobre este ou outros temas.
Um povo sem memória é um povo morto, inexistente. Nós, os portugueses, temos tendência para esquecer o passado. Seja ele mais ou menos recente. No fundo, acho que fazemos mais do que isso. Lembramo-nos da História e dos seus protagonistas e factos, mas fazemos por os esquecer. Às vezes pior, lembramo-nos de uma maneira diferente, mais conveniente à nossa opinião. Lembramo-nos da História como a nos impingiram, no café, na taberna, no estádio, na esplanada. Os índices de leitura ou de analfabetismo funcional assim o comprovam, bem como os concursos da TV. Que o diga o Dr. Salazar.
A mim, o 25 de Abril só me trouxe coisas boas.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

"Treat Your Mother Right"

Mr.T, um dos meus heróis de infância, sempre a dar conselhos bem úteis.
Um bem-haja, Mr. T.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Touché


Quando um gajo das Caldas da Rainha "acusa" os nazarenos de serem uns coitadinhos, merece ouvir (de uma nazarena):


“Mas alguém morre a fazer caralhos?”



Bem mandada, amiga.

domingo, dezembro 24, 2006

Acho que o Pai Natal é o Karl Marx.


Faz agora um ano. Sentava-me aqui, neste computador, nesta sala, com este frio. Amargurava-me com a época festiva, preocupava-me com política. Sou daqueles que se preocupa com política. Sou daqueles que perde tempo a pensar. Gosto de pensar. As eleições presidenciais aproximavam-se. Preocupava-me que o Cavaco pudesse ganhar. Não sou daqueles que deixa de dormir por causa disso, mas preocupava-me. Empenhava-me, na medida do possível, para termos um presidente com espinha dorsal (quantas vezes usei esta expressão a tentar converter inconvertíveis!). Na altura, o candidato poeta fez-me sonhar, fez-me ter esperança, ter sonhos, fez-me ouvir. Acreditei. Pela primeira vez acreditava no que ouvia, gostava das pessoas que abanavam as bandeiras comigo, gritava com elas como se há 30 anos estivéssemos juntos. Não queria um Presidente em formato Excel. Não queria um Presidente da polícia contra polícia, polícia contra estudantes, polícia contra gente. Por todos os motivos não queria. Não quero, mas tenho-o. Já passou. Daqui a uns anos voltarei a preocupar-me.
O Natal, esse ficou. O Natal que todos os anos me fere. Do Natal gosto das músicas. São as únicas que ficaram com o sentimento. O resto esvaneceu-se no consumismo, na pressa de comprar, agradar, comer, beber, cantar, agradar, comprar, vestir, embrulhar. Rezar? Não, não interessa. Mas as músicas são americanas! O Pai Natal não é americano!? O pai Natal tem colesterol, gosta de criancinhas e explora anões em fábricas do Norte. Diz-se que importa brinquedos da China. O pai natal é politicamente incorrecto. Aposto que o Pai Natal não se portou bem este ano. Nem eu.
O Sinatra está a cantar-me aos ouvidos “Whatever Happened To Christmas?”. Pergunto-me isso todos os anos. No Natal falta-me as crianças, o dinheiro, sobretudo a paixão. Desapaixonei-me pelo Natal há algum tempo. Nem sei bem porquê. Divorciamo-nos. Não foi bonito. Acontece. Para o ano farei outro texto sobre o assunto. Agora que penso nisso, será que o Manuel Alegre é o Pai Natal? Não, o Pai Natal não existe…

quarta-feira, novembro 08, 2006

Ooh, it's a mess alright

Substituam “Mile End” por “Praceta do Rodolfo” e às vezes é assim que me sinto.
Dedicado a com quem partilho o sofrimento.



Mile End
Pulp


We didn't have nowhere to live,
we didn't have nowhere to go
til someone said
"I know this place off Burditt Road."
It was on the fifteenth floor,
it had a board across the door.
It took an hour
to prise it off and get inside.
It smelt as if someone had died;
the living room was full of flies,
the kitchen sink was blocked
,the bathroom sink not there at all.

Ooh, it's a mess alright,
yes it's
Mile End.

And now we're living in the sky
I never thought I'd live so high,
just like Heaven,
if it didn't look like Hell.
The lift is always full of piss,
the fifth floor landing smells of fish
not just on Friday,
every single other day.
Below the kids come out tonight,
they kick a ball and have a fight
and maybe shoot somebody if they lose at pool.

Ooh, it's a mess alright,
yes it's
Mile End.

Nobody wants to be your friend
cos you're not from round here, ooh
as if that was
something to be proud about.
The pearly king of the Isle of Dogs
feels up children in the bogs.
Down by the playing fields,
someone sets a car on fire
I guess you have to go right down
before you understand just how,
how low, how low
a human being can go.

Ooh, it's a mess alright,
yes it's
Mile End.

quinta-feira, outubro 19, 2006